quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Prece para uma dama.





Deixa-me dormir com você.
Canta-me mesmo que desafinada.
Abriga-me.
 Consola-me.
 Seja meu anjo, minha vitória.
 Durma comigo, pequeno anjo.
Diz-me que não é um anjo.
 Faça-me rir.
Vá, mas não me deixe.
Leva meu coração, minh’alma.
E me deixe.
Não seja egoísta. Seja dele. Seja do mar.
Seja feliz, minha dama.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Pequeno pássaro.



Eu faço reggae, rock e samba,
eu faço poesia e faço amor
Por que você não pousa em meus braços
 e deixa eu fazer-te livre, 
em mim?

O Homem de nada.



Há muito conheci o homem de nada. Não tinha cabelo, nem barba, nem nada. Não era um superdotado. Era de pouca conversa, de poucos olhares. Era a face que intimidava. Escondia sua vida e se escondia dentro dela. Não era encantador. O sorriso, deixava atrás de sua carne. Não era conhecido e nem conhecia ninguém. Até que eu o conheci.
Não tinha cabelo, nem barba, nem nada. Não era superdotado. Era realmente, o homem de nada. Mas me falava muito, e me olhava, e me sorria, e me mostrava a vida, a sua e a minha. Ele era encantador!
 Afinal, homem de nada, não é alguma coisa?

Réquiem de nós mesmos.



Aqui jazem nossos nomes e registros. Sua face e meu penar. Seus olhos e meu encantamento. Suas manhas e manhãs, e meu apego.
Foi-se como deveras ser. E voltarás para meu corpo, dançarás sobre minhas pálpebras, abraçarás meu amor, e repousarás sobre meu repouso. Repousaremos ao amanhecer, e nos sepultaremos para a vida que há de nos esperar. Mais doce, mais leve, e florida.
Aqui jaz nossa primeira vida.
E as próximas, de nós...